"Editorial"SOLIDARIEDADE SOMENTE NA HORA DE CONSEGUIR O VOTO
Todos prometem total e irrestrita solidaridade nos momentos de dificuldades, naturais na vida do povo pobre. Quem não acredita, vai comprovar que o jogo é bruto, só entra nas bolas divididas quem tem coragem de mamar em onça. É como diz o poeta da música - ajoelhou, tem que rezar - se não cobrança endoida juizo dos demagogos.
As promessas não passam de brincadeira com a bondade dos velhos inocentes, que aceitam o que escuta. Vão para casa convencidos de que ouviram “homens de bem” falar, com palavras difíceis de compreender a verdade. Na interpretação dos enganados, a vida vai melhorar, como promete a letra da canção de Zeca Pagodinho.
A solidariedade só existe da boca pra fora, na hora em que candidato quer o voto para usufruir do mandato. Encerrada festa da campanha, tudo volta à normalidade, casa sem banheiro, cozinha sem botijão de gás. As ruas levaram novamente goleada, não ficam com raiva e, depois, querem revanche, apanhando de novo bem feio.