"Editorial"SEM ACORDO, CANDIDATOS PEGAM ESTRADA PARA O VOTO DE 2022
O quadro político de 2022, dividido em quatro desenhos, fica difícil tirar conclusões sobre composições. Ninguém admite conversa, dá sinais ou acena para união das forças, quebradas em galhos secos. Todos atiram para a mesma direção, marcam carreira na pista em passos iguais e chutam a bola que, com efeito, não sabem ainda ser contra ou a favor.
Eleição de Arthur Lira presidente da Câmara Federal não se tinha dúvida da montagem de único palanque. Fuxiqueiros atrapalharam entendimento, botaram água no chope e não permitiram que o bolo fosse cortado, arrancado da mesa dos debates. Ninguém fala mais nisso, cada um segue seu caminho por estradas diferentes e a queda de braço está se iniciando.
O que restou está aí, na vitrine, aguardando primero cuspe no chão para começar a guerra, em segredo. Fernando Collor saiu primeiro, anunciando sua reeleição de senador irreversível e, em Brasília, JHC, Arthur e Marcelo Victor parecem ter selado o acordo. Renan Filho não abre mão de sua pretensao de ser senador e Cidadania quer juntar Lessa e Heloisa.