"Editorial"SOCIEDADE SE ACOSTUMOU COM PROMESSAS NO SACO DE PAPAI NOEL
Verdade sem começo, meio e fim constitui a intermediária do time que vive de ilusões nas feiras livres do país. Microfone na boca é o suficiente para fazer o carnaval de uma sociedade que se acostumou com promessas de Papai Noel, que só aparece para os ricos. Os pobres se afundam na lama, longe das necessidades básicas, sobrevivendo em outro planeta.
Por que as luxuosas caminhadas só desfilam na orla marítima da Pajuçara, Ponta Verde a Jatiúca? É lá onde moram os chamados formadores de opinião pública, que nas vésperas de eleição visitam a massa de manobra. Bebedouro, que elegeu muitas autoridades, morreu, e o Jacintinho só serve para ser citado como exemplo nas grandes multidões populares.
Numa sessão da Assembleia Legislativa, deputado Jota Duarte cochichou no ouvido de Moacir Andrade, que foi governador: “Se o povo soubesse a importância que tem, virava o Estado de cabeça pra baixo!” - aplaudia, no plenário, o discurso de Eduardo Bomfim. Biu de Lira, atual prefeito de Barra de São Miguel, ao lado, balançou a cabeça, aprovando.