"Editorial"PAULO DANTAS E JHC TENTAM TRAZER DE VOLTA A RAIZ DO VELHO SÃO JOÃO
São João batendo à porta, fogueira montada perto da calçada, fumaça cheirando o milho assado no fogo, voto caminha pelos corredores das ruas. Apesar da ausência dos candidatos, povo tira o atraso dos dois anos da pandemia, que recolheu todo mundo aos aposentos.
Dança homem e menino, mulher e criança, levando alegria aos que gostam da noitada, saboreando comidas típicas. Tudo bem, custo de vida lá em cima, as dificuldades dão um tempo, pedem para ir ao banheiro e se escondem no matagal para acabar com a tristeza e a fome.
O finado Bebedouro, ponto de encontro de grandes festas populares, vive hoje no deserto, sentindo a falta de Jorge VI, Braga Neto e Freitas Neto. Crescendo pra cima e pra baixo, Tabuleiro do Martins sente saudade de Galba Novaes de Castro, substituído agora por filho e neto.
A violência tomou conta do Benedito Bentes e, com a morte de Silvano Barbosa, seu líder maior, está de luto até o momento. O Jacintinho perdeu sua referência dos velhos carnavais, com afastamento da vida pública de Arnaldo Fontan e ´Cícero Amélio, que vestiram o pijama.