"Editorial"RUAS SE TRANSFORMAM . EM DESERTO NO CARNAVAL
Violência tira contato de candidatos e eleitores no asfalto
Fevereiro tradicionalmente orquestras, nas garagens, estão afinadas para Carnaval. Saudosismo de lado, músicas eliminam a emoção dos foliões que, antigamente, já tudo claro, amanheciam o dia. Bunda pra frente e pra trás, que chama a atenção da galera, tira a tesão dos que sabem fazer o passo.
Sem povo nas ruas, trancado em casa com medo da violência, candidatos aproveitam para mergulhar escondidos. Viajam para fugir do assédio dos facadistas ou reunem a família para momento descontraído, distante da massa de manobra. Campanha que, a rigor, deveria começar em festa, é prorrogada.
Os poucos que procuram o cheiro das ruas, participam de experiência inusitada. Encontram avenidas desertas ou pessoas que detestam política dando às costas. È triste, mas a realidade empobrece disputa do voto. E quem não foge à luta, como Galba Novaes, Gilvan Barros e JHC, sustenta o prontidão.