"Editorial"VIOLÊNCIA ACABA COM O CARNAVAL DAS RUAS
Edberto Ticianelli para Enio Lins: “O que vamos contar aos nossos netos?”
Carnaval não empolga nem quem nunca leu história dos frevos e marchas do passado. Saudade de foliões como Edécio Lopes, Haroldo Miranda, Luiz Tojal, Reinaldo Cavalcante que deram vida ao Rei Momo. Nem as emissoras de rádio se mexem com as músicas, arrancando emoções dos fieis ouvintes.
Políticos longe do calor das ruas não sabem o que representa o evento pra multidão. Aqueles que os levam ao poder esquecem miséria, fome e desilusão em troca de mentirosos cheiros de alegria. Não vão à praça pública pública porque violência tirou direito de liberdade de se divertir ao ar puro nas avenidas.
Praça Moleque Namorador, na Ponta Gros-sa, palco de históricos registros, está deserta.
Desfilaram lá, Arnon de Mello, Lamenha Filho, Muniz Falcão, Suruagy e Guilherme Palmeira. Agora, nem arruaceiros querem passar. No ouvido, Edberto Ticianelli para Enio Lins; “O que vamos dizer aos nossos netos?”