"Editorial"CAJU QUERIA PAGAR APOIADOR PARA FICAR DO OUTRO LADO
A política de antigamente era diferente da atual em todos os ângulos, a partir da busca do voto. A valentia, em muitos casos, funcionava como principal cabo eleitoral, que conquistava votos através de ameaças e intimidações. Ganhava-se o mandato pela fama, que se espalhava pela cidade, igual a outdoor hoje nos grandes centros.
Candidato a prefeito da Maceió, Sandoval Caju começou a modificar a linguagem séria e bruta da campanha. No grupo de apoio do seu comitê, um rapaz que todos os dias criava uma confusão, comprometendo a caminhada. Muito espirituoso, Caju preparou o seu principal comicío para a Praça Deodoro, onde fica a estátua do marechal.
Acendeu o cigarro, botou no bico, deu uma tragada, chamou o cara violento antes do discurso. "Quanto você quer para apoiar o meu adversário, subir no palanque dele?". Perguntou, botando a mão no bolso do paletó branco. O concorrente era Jorge Quintella, homem de bem, respeitado, avô do ministro Maurício Quintella.