"Editorial"DEMAGOGIA: METIAM A LENHA E ÍAM AO PALÁCIO PELOS FUNDOS
Alianças impossíveis de se admitir acontecem, de repente, calando a boca dos que pensam que entendem de política. Muitos apostam que liderança tal não se junta nunca com inimigos que, na campanha, desceram a lenha nela. Às vezes, denunciam até podres de ordem famíliar que, fora do voto, dão motivos para se resolveu na mão.
Invocando a falsa frase “em nome da unidade”, esquecem o que ocorreu e passam a borracha nas intrigas. Os abraços, dentes aparecendo de um canto a outro, abrem uma garrafa de uisque e vão comemorar o futuro. Os que ficam nas esquinas trocando tapas, defendendo paixões, ficam como cegos em tiroteio, querendo saber razões da união.
Hoje a história se repete em pouca quantidade, mas antigamente eles não gostavam quando se descobria que jogavam com duas bolas. À tarde, sessão plenária metiam o cacete no governo, crescendo a voz com aplausos da galeria. Na boca da noite, entravam pelo quintal do Palácio para pedir “desculpas” e favores para a família.