"Editorial"DE CIMA NA POLÍTICA CRESCEM AS ASAS E, DE BAIXO, VIRAM LIXO
O poder do voto tira personalidade dos que se julgam fortes e desmoraliza aqueles que dizem que dessa água não beberei. Funciona como instrumento que atrai todos no mesmo barco – ricos, pobres, médios e desprezados. Se tiver de cima porque, de baixo, todo mundo arruma um jeito de se afastar para não se comprometer na viagem.
Para não cair da janela, muita gente grande suporta traição, ingratidão e apunhalada pelas costas. Já disseram várias vezes em Alagoas “com esse cara nunca mais quero conversa nem para entrar no céu!”. Eleição seguinte ou no outro dia, estão juntinhos, tomando uisque, bebendo cachaça, tirando onda dos que trocaram tapas por eles.
A vida pública não vale nada, promessas viram piadas de mal gosto e o povo, nas ruas, parecendo palhaços. Quem é sério e ingressa no voto, perde a virgindade e, na primeira cantada, vai para a prostituição. Vereadora Fátima Santiago, sobre compromissos honrados na política: “Quem promete não pode recuar nem na hora da morte!”.