"Editorial"QUEM QUER TER OPINIÃO BOTA UM JORNAL NA BANCA DE REVISTA
Cada um tem uma visão dos fatos que acontecem positivos para um segmento e negativos para o outro. Na política, as opiniões endoidam a cabeça de muita gente, que tenta fazer uma lavagem cerebral em quem não acompanha seu pensamento. Se todos fossem iguais, também não prestaria, porque as divergências formam o dicionário da democracia.
O jornalista assume papel de caixa de desabafos dos insatisfeitos, que ameaçam exigir a publicação de fuxicos. Alguns ligam com raiva, protestando com notícias que não agradam seus interesses, mas não aceitam colocar o nome como fonte de informação. Quem quer dar pitacos elogiando ou criticando, bota um jornal nas bancas e emite suas frustrações.
Minha opinião já circulou na justiça com pessoas que não concordam com meu ponto de vista. Com processo apresentado por Ronaldo Lessa, fui parar na Polícia Federal. Respondi também por insatisfação de Rui Palmeira, e, na última eleição, o prefeito Cacau tentou me colocar no banco dos réus. Nesses 50 anos de profissão, na Gazeta, nunca fui condenado.