"Editorial"PODER LEVANTA E DERRUBA NA ESTRADA ONDE PASSA O VOTO
Auge do poder, qualquer um bota retrato na parede como autoridade; fora dele, em segundos, vira “baixoridade". O termômetro do voto de 2022 exibirá dois lados, um com a cara de agora e outro, na quentura da campanha, sem caneta na mão. Muitos hoje abusam das facilidades que chegam, de graça, nas suas mãos, mas amanhã vão chorar o leite derramado.
No cargo, dando ordens, cheio de assessores, contas aparecem, com números falsos, a seu favor. Longe do gabinete, dependendo de favores dos outros, a banda toca diferente na praça pública. A maioria sequer é reconhecida pelas maldades praticadas, enquanto poucos são levados nos braços do povo pela humildade, simplicidade e o bem que espalhou.
Quer dizer, ninguém pode contar vantagem antes do voto ser depositado nas urnas e apurados pela justiça. Muita gente surge com pose da mais sufragada, manchetes dos jornais e, depois, se torna maior decepção. Murilo Mendes, Zé Medeiros e Jorge Quintella, exemplos dos que ganharam mandatos na linha reta, ficaram na lembrança dos mais experientes.