"Municípios"JOTA DUARTE E EDVAL GAIA: UMA ALIANÇA DIFERENTE NA POLÍTICA

Festa de família, os dois estavam sempre juntos, copo de vinho na mão, celebrando a vida. Tira-gosto de primeiro mundo, abraços fortes, apertos de mãos demorados, em clima de paz, harmonia e amor. Nas eleições e na Assembleia Legislativa, a conversa era outra, ninguém é de ninguém, quem for podre que se quebre, primeiro eu, depois o samba.
“Por que em casa é uma coisa e lá fora é outra?” -perguntava o governador Divaldo Suruagy, assustado, ao deputado Emílio Silva. Jota Duarte, bem casado com a irmã de Edval Gaia, o pai, nunca misturou o lado político com a emoção de parentesco. Sabia dividir momentos políticos pessoais, com o cuidado de nunca atingir os parentes, aliados e amigos.
Hoje, na cadeira de balanço, em Palmeira dos Índios, dão longas gargalhadas, lembrando os tempos das campanhas. Agora, sem compromisso com o voto, tiram onda dos embates travados no Estado. Entre mortos e feridos, salvaram-se todos e estão aí, de mãos dadas, contando histórias engraçadas, que o imortal Temoteo Correia vai colocar no próximo livro.