"Editorial"DISCUSSÃO DO VOTO MAJORITÁRIO AINDA DEMORA UMA ETERNIDADE
Resenha em qualquer roda onde se discute 2022 é a lentidão das conversas sobre composições. Uns acham ser estratégia, outros preferem apostar na falta de segurança de alguns pleiteantes. Na verdade, os dois motivos e a ansiedade que garante um passaporte para Brasília e morada aconchegante no Palácio, que assegura quatro anos de endereço novo.
Num papo amistoso com um grupo de amigos, na Barra de São Miguel, Fernando Collor deu o seu palpite. Quiseram saber sua opinião sobre a demora exagerada das articulações, ele pediu paciência e uma dose de caldo de galinha. “Pra organizar as chapas, até o fim do ano, será uma eternidade!” Quis dizer que muita água ainda correrá por baixo da ponte.
Falou com a autoridade de ter participado de três eleições majoritárias – governador, presidente da República e senador. Deixou a entender que o momento é de reflexão e sustentou que seu nome à reeleição é uma decisão irreversível. Ele explicou que, em política, quem tem dúvida atrasa a viagem e perde o filme principal, tão aguardado pela multidão.