"Editorial"VENTOS DA GUERRA DE BRASÍLIA BATEM À PORTA MAS NÃO ENTRAM
Ideias se discutem, dentro do processo democrático, em épocas de normalidade, com pauta de interesse da comunidade. Guerra é guerra, mas somente nos momentos, nas ruas, que o voto está sendo disputado, sem radicalização. Fora disso, a sociedade repudia, mesmo não podendo, democraticamente, expressar a sua opinião na troca de desaforo.
Pra que tanto ódio na boca, expressão transmitida na cara de cada um na luta que não produz nada para o país? contrário, causa mortes geradas pela Covid, fome, miséria, desemprego e instabilidade. O juiz parece ter abandonado o ringue e, com medo, se escondido no meio da multidão, deixando a briga rolar na porrada, fora do profissionalismo.
Aqui, por exemplo, embora os reflexos das discussões de baixo nível não tenham chegado ao fundo do poço, cheiram os ventos trazidos de Brasília. Apesar das divergências, Arthur Lira e Renan Filho sentam à mesa para examinar o voto majoritário. JHC, em silêncio, acompanha investidas de Marcelo Victor, Davi Davino e Rodrigo Cunha, esfregando as mãos.