"Editorial"ELEIÇÃO COM FUNDO PARTIDÁRIO PODER ECONÔMICO DEITA E ROLA
Numa eleição com Fundo Partidário milionário dificilmente aparecem zebras no placar porque o jogo é de carta marcada. Só assume uma candidatura nessa condição quem tem farinha no saco, vazio para a grande maioria dos pretendentes. Vão lá, registram os nomes, botam boca dura e anunciam para empolgar a torcida que uma vaga é seguramente sua.
Quem enxerga o voto sem emoção sabe que não há chance alguma para aqueles que entram de bolsos vazios. Vestem roupa de figurantes, recebem uma mixaria na campanha e saem gritando músicas das antigas. O carnaval já tem o resultado na ´prancheta dos jurados, que estão ali para confirmar o que o poder econômico registra antes do desfile principal.
Todo mundo sabe que uma cadeira de deputado federal é do estadual Davi Davino, por sua performance na disputa de prefeito de Maceió. Rui Palmeira ainda tem os olhos voltados para o Palácio mas, na verdade, a coerência indica tentar voltar à Câmara Federal. Antes da corrida, no papel, a lista dos eleitos fica engarrafada, embora as urnas falem outra coisa.