"Editorial"VENTOS DA POLÍTICA ABREM PORTAS E FECHAM AS JANELAS DAS URNAS
A política é engraçada, um dia os ventos fecham as janelas e, no outro, abrem as portas, com intimidade na sala, corredores e cozinha. De bem, eles se consideram amigos fraternos mas, qualquer contrariedade, o sangue chega rápido à cabeça.
De uma hora pra outra, viram inimigos, vomitam os podres dos novos adversários e, na raiva, não escapam nem as mães.
Companheiros inseparáveis em Maceió, Zé Tavares e Tarcizo de Jesus só andavam juntos nas confraternizações da Assembleia Legislativa.
Na viagem para Junqueiro, cidade natal dos dois, iam no mesmo carro até à entrada da cidade, no maior papo. Ali, na BR, se separavam, cada um em veiculo diferente, na divisa, pareciam inimigos e nem se olhavam.
Juntos na infância e adolescência, Rogério Teófilo e Júnior Leão jogavam pelada, assistiam filmes no cinema e, quem não conhecia Arapiraca, pensava ser parentes próximos. Repetindo a mesma estratégia, na capital eram irmãos mas, na disputa do voto para deputado, o couro comia, saia faísca no ar, tudo para atingir o primeiro lugar na corrida das ruas.