"Editorial"CARA CHEGA PENSANDO NA MORTE E DEIXA O CONSULTÓRIO NO VELÓRIO
Vestir branco, salvar vida, respeito da comunidade representam missão nobre ´para quem consegue se formar em Medicina. Carimbo de doutor, que a grande maioria carrega no peito, marca a diferença de um para o outro na hora do atendimento.
Todos são iguais perante a lei de Deus e da Constituição, sem privilégios para uns e dificuldades para os desconhecidos.
Paciente humilde, cumpriu protocolo da recepção, ingressou na sala do médico, na cadeira de rodas. Depois de tomar conhecimento da doença, fisionomia fechada, deu duas receitas, atendeu o celular e virou as costas, com dedos no computador. “Solte um sorriso, doutor, mesmo tímido, mostrando os dentes, no canto da boca, só para eu ver a dentadura do senhor?”
Cara chega derrubado, baixo astral, futuro incerto, ao invés de melhorar, piora, diante dos fluídos negativos que recebe. Volta pra casa, cabeça envergada, cheio de interrogações, sem diagnóstico.
Nesse campo, médicos Guilherme Pita, Fernando da Ressurreição, Humberto Montoro e Agenor Barros disparam na frente por não destinguirem planos e particulares.