"Editorial"COLLOR APARECE NA ÁREA PARA REELEIÇÃO OU PARA O GOVERNO
Pra onde for, em qualquer situação, Fernando Collor desequilibra o processo eleitoral de Alagoas, mexendo na posição dos candidatos majoritários. Uma espécie de condutor da massa, através de uma fatia significativa dos votos seus, independente da vontade de terceiros.
Senador pode bater no peito e anunciar que possui parcela expressiva do eleitorado sem a interferência de partido ou liderança política. Redutos fechados que acompanham trio elétrico por onde passar, numa estrada que pode estimar se ganha ou perde em cada município.
Maioria fãs de carteirinha do ex-presidente, aguardando o recado para marchar, sem compromissos com os outros, ao seu lado. Marca presença onde ele estiver, em qualquer hora do dia, local que determinar, seguindo sua orientação na escolha dos nomes que recomendará.
Se decidir ir à reeleição, modifica o quadro de possibilidades dos concorrentes Renan Filho, Davi Davino e possivelmente Ronaldo Lessa. Resolvendo disputar o Palácio, Collor bota obstáculos no caminho de Paulo Dantas, Rodrigo Cunha, Antônio Albuquerque, Rui Palmeira e Regis Cavalcante.