"Editorial"COM CÂMERAS ESCONDIDAS ANTES, FUXICOS HOJE SÃO INCOMUNICÁVEIS
Cenário do cinema do voto vai produzir agora imagens que, mais do que antes, as telas exibiam nos ambientes de gravações internas. Trocas de farpas dos artistas nunca chegavam ao grande público, limitando-se apenas às redes sociais vistas sem o acesso externo.
As divergências de Suruagy e Guilherme ficavam ali, mas espalhadas por integrantes dos grupos políticos. A lavagem de roupa entre os dois era como as casas de antigamente - nos quartinhos, onde assessoras, sozinhas, viam e ouviam caladas, embora corresse rapidamente.
Sem ninguém para acompanhar de perto, hoje conversas em tom quentes acontecem distantes do teatro. Primeiro: povo não tem interesse no voto, imagine do que se registra por trás das cortinas, locais onde a entrada é proibida terminantemente às pessoas estranhas.
Mesmo de posições opostas, em Brasília, fuxicos não saem das sessões não captadas além das câmeras escondidas, sintonizadas apenas por telespectadores especiais. Não vazam os conflitos que envolvem, por exemplo, Severino Pessoa, Paulão, Pedro Vilela, Isnaldo Bulhões…