"Editorial"SONHO DA ETERNIDADE ACABA COM OS QUE TROCAM HOJE PELO AMANHÃ
Dias antes de ingressar na política, o personagem tem que preparar a saída para não sofrer desilusão da despedida. Muitos mergulham de cabeça no voto, só pensam naquilo e esquecem de projetar o antes, durante e depois que as luzes do palco, brilhantes, se apagam.
Outros cegam diante das vantagem que aparecem no caminho e, empolgados, pensam que o mandato é eterno. Ou que o sonho não acaba nunca, ficando por resto da vida, levando para o outro lado os momentos de tristeza e dificuldades experimentados até então.
Pés no chão e caldo de galinha não ofendem e servem de remédio para tirar energia de grandeza que entra no corpo dos felizardos. Até membros da Academia de Letras sabem que imortalidade não há mais, existindo apenas nos tempos que política passava bem distante.
Ganhar ou perder faz parte do universo natural dos justos, aqueles que ingressam na política conscientes da vontade do povo, que hoje sumiu do mapa. Misturados à multidão, Thomáz Beltrão, Enio Lins, Edberto Ticianelli e Thomáz Nono marcaram presença no voto.